terça-feira, 8 de julho de 2014

I come alive

Eu não sei mais escrever.
Eu não sei mais filosofar.
Eu tenho medo de viver.
Eu não tenho medo de morrer.
Eu quero ir embora.
Eu não consigo fugir.
Eu quero ficar sozinha.
Eu tenho medo de morrer sozinha.
Eu preciso parar.
Eu preciso começar de novo.

Eu quero meu copo meio cheio a partir daqui.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Depois de uma prova e uma crise de rinite.


Não quero parecer pessimista.
O dia está como eu gosto: Nublado e com bastante vento. Não tive aula, apenas simulado. Seria perfeito se não estivesse pensando.
Realmente não entendo o porquê de ter que estudar isso.Enquanto esperava na famosa sinaleira, além de ler a placa: "pedestre, aperte o botão e aguarde", como se realmente fosse funcionar, pensei que não quero isso pra mim. Não quero saber de ondas, eletricidade e todas estas coisas que julgam ser conhecimento.
Conhecimento é a experiência de vida. Mas isso infelizmente é impossível nesse meio.
Que mundo é esse em que viver fica em segundo plano? Primeiro se tem que estudar e trabalhar.
Agora eu entendo o que as pessoas daqui falam. "Aproveite os detalhes da vida, as coisas pequenas". Está claro não? Nada de grande realmente acontece conosco. Se não dermos valor para as coisas pequenas, seremos sempre infelizes. Não permitem que aconteça nada.
Sei que já comentei isto, mas a liberdade realmente não existe.
Não falam que o mundo é tão pequeno? Por que não conheço nada dele? POR QUE eu tenho que limitar minha vida a essas poucas ruas?
No momento, não tenho uma idealização de futuro. Não consigo pensar em um lugar em que eu realmente me sinta bem. Nem em um tempo, nem nada.
Não espero nada do meu estudo, do meu trabalho, da minha família.
Não sei se espero algo de mim.



Ps: ....................

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ano passado pensei que este ano seria perfeito.
Sem trabalhos, sem provas, obrigaçoes...
Descobri que as obrigaçoes estabelecidas por mim mesma sao mais torturantes do que as estabelecidas pelos outros.
A percepçao que eu tinha antes destas ruas era esperançosa. "Ano que vem, o mundo sera mais bonito, a sinaleira vai funcionar direito, as ruas nao estarao tao sujas, as arvores estarao maiores e as pessoas mais educadas."
A sinaleira parece mais demorada que nunca, as ruas continuam sujas, varias arvores foram cortadas, e as pessoas.. preciso comentar?
Nao sei mais olhar pra esse lugar com alegria, nao acredito que terei saudades. O que faço agora eh estudar para ano que vem sair daqui. Ruas novas, plantas novas, pessoas novas.
Ate quando eu vou esperar pelo "ano que vem"? O tempo esta passando e a vida continua aqui, trancada entre o meu quarto e o lindoia.

"Glitter de Principiante"

Me define bem agora.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Últimos resquícios de um ser pensante

No último dia letivo de 2009 nós prometemos.
Mas acho que não estou cumprindo. Alguem está?
Entregue a tv, a academia, aos livros e ao estudo para o vestibular.
E a nossa viagem de mochila pela America do Sul?
Pelo que me lembro, sonhamos com isso desde a segunda serie. Todos juntando seu pouco dinheiro para fugir do que parecia ser o pior lugar do mundo, mas com as melhores companhias. Vendo um mapa cheio de figuras. A idealizaçao de um mundo que não conheciamos.
Agora que ja sabemos achar lugares por coordenadas, de acordo com os meridianos e os paralelos, estamos todos aqui.
Mas voces se vão aos poucos, com novas metas,novos sonhos. Aquele mapa grande so traz a lembrança de um mundo mais colorido.

O que planejar, agora que nossas vidas não são mais contada por trimestres?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Chá Gelado

Sempre me deparo com esse quadrinho em branco e com a barrinha piscando,e ela me parece ser muito impaciente e necessitada de palavras que valham a pena.
Desisti de fazê-la feliz.
Durante o ano inteiro, vi textos, crônicas e poemas que valiam a pena. Não entendia como conseguiam fazer aquilo. Fazer poesia do vento e da porta e mesmo assim ficar tão profundo? O meu poético é pequeno e interno demais para escrever. Para dar certo, teria que cumprir certos rituais:
Gostaria de estar com uma caneca bem grande de cafe fumegando, com pantufas de pelo e ter uma vista maravilhosa da janela.
Mas eu não gosto de café, tem um chá de marca desconhecida que estou esfriando a meia hora em cima da escrivaninha. Nunca usaria pelos nos pés, e minha pantufa tem forma de bola de futebol.
Ps: Eu odeio futebol.
Só me sobra a maravilhosa vista! Mas se abro a janela vejo outras janelas, por isso, a deixo fechada.
Nada de poético sairia de alguém tão simples. A pouco tempo um amigo me disse que se olharmos o quarto de alguém, veremos a cabeça deste. Acho que está explicado. Minha mente é tão bagunçada quanto meu quarto. As únicas coisas em seu devido lugar são os quadros dos Beatles, do Harry e minhas fórmulas matemáticas na parede.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Heterogenéricas

A cor daquela dor não tinha explicação. A ponte novamente pareceu ser a origem dos meus problemas. Durante uma análise desta triste existência, vi que aquela cratera em peito não poderia ser preenchida nem com o balançar das árvores.
A fraude daquela noite de valsa só fez minha cútis avermelhar. A síncope e a síndrome não rimam apenas, elas dançam uma musica que dá vertigem.
E daquela estréia, só lembro de nossas pálpebras unidas enquanto a equipe estava em perfeita desordem.
Na velha estante da minha vida, só sobraram lembranças da viagem, o mel e o leite derramado. O choro tinha sido substituído pelo sangue. Me disseram que não tinha mais porque sangrar pelo leite derramado.
Foi nesse cárcere de sonhos que o único sinal do riso se tornou o sal. Um riso salgado enquanto o creme continuava a escorrer do nariz.

Laura e Bru decorando a matéria do provão :D